domingo, 25 de maio de 2014

Mudar é preciso!



Não é fácil decidir fazer uma grande mudança na vida, mas eu acredito em buscar a felicidade e realização pessoal. Quando resolvi largar meu emprego em recursos humanos para fazer um intercâmbio voluntário no Egito, através da AIESEC, organização sem fins lucrativos para a qual também trabalhava no Brasil, o comentário mais comum era: tu é louca, esse país é muito perigoso! Mas eu queria justamente isso, me arricar na primeira vez que sairia do país. Estar completamente fora da minha zona de conforto, e viver essa experiência ao máximo, com toda a intensidade que ela merecia. Após 3 meses ensinando inglês para crianças num orfanato, nova oportunidade, trabalhar na diretoria nacional da AIESEC no Egito. Num país que está passando por tantas mudanças como este, trabalhar com desenvolvimento de liderança jovem foi paixão a primeira vista, porque eu acredito que a mudança social vem das pessoas que realmente tomam a ação em fazer algo diferente. Viver 1 ano e meio longe da família e amigos, do país da gente, não é fácil muitas vezes, mas também é muito bom. Estando longe você se redescobre, entende o que é realmente importante, e desapegamos muito dos bens materias. Afinal, quando se está vivendo em outro país, o que a gente menos quer é acumular coisa, porque nunca sabe qual será o destino próximo, e carregar muita coisa não é nada prático. E é maravilhoso o quando construimos conexões fortes com pessoas que tornam-se grandes amigos, mesmo com diferentes crenças, culturas, todos sorriem no mesmo idioma. E pras horas de muita saudades do Brasil, sempre existe Skype pra encurtar distâncias. Muita gente considera difícil largar tudo, mudar de vida, viajar pra outro país, mas existem inúmeras pessoas fazendo isso, e é tudo uma questão de planejamento e vontade. Não é fácil fazer o que é considerado diferente pelo senso comum, mas eu tive a urgência de mudar meu roteiro. Acho que cada um tem que descobrir o que considera um dia a dia prazeroso, e lutar para tornar esse cenário a sua realidade. Nesse um ano e meio eu ganhei menos em termos financeiros, gastei muito menos também, aprendi que preciso de menos; e ganhei experiências que nenhum dinheiro no mundo pode comprar. Tive a oportunidade de me desafiar todo dia, aprender a amar um país tão diferente, conhecer pessoas do mundo todo, desenvolver competências profissionais, conhecer outros 5 países, participar de inúmeras conferências, organizar eventos... E o prazer de trabalhar, e muito, em algo que eu realmente acredito e que é valioso pra mim. Encontrar o meu propósito pessoal e profissional é a maior realização dessa viagem. Mudanças podem vir em determinas áreas e situações e, na minha opinião, se você acorda toda segunda feira rezando para que a sexta feira chegue logo, ou começa seu dia as 8h esperando ansiosamente pras 18h, acredito que a sua voz interior está gritando por uma mudança, não é mesmo?

quarta-feira, 9 de abril de 2014


"Coração separado
Se para no tempo..."

Namore alguém que...

Tenho visto por aí tantos textos diferentes, namore uma garota que viaja, que lê, namore um cara que isso, que aquilo.
Os textos destacam as qualidades dessas pessoas, o quanto por gostarem de determinadas atividades, essas pessoas tornam-se interessantes. Tornam-se apaixonantes.
Como se fosse um currículo a ser descrito, como se todo mundo que lê ou viaja seja igual, como se pudessemos categorizar assim as pessoas. Como se ler ou viajar certifique que a pessoa é atraente, assim como se modos de ler ou viajar de todos fossem iguais.
Os textos são bonitinhos, claro, eu aprecio. Mas é suficiente?
Na prática, devia ser simples: namore alguém que te faz se apaixonar. E não tenha medo de mostrar e assumir isso.
Em época de liberdade a toda prova, em que amor é visto como clichê, não vejo atitude melhor.
Não ter medo de amar. Mesmo que ela tenha um sotaque estranho. Mesmo que ele tenha uma mania irritante. Mesmo que ela demore pra arrumar a mala. Mesmo que ele não goste de crianças.
Ame alguém mesmo que, apesar de, com seus defeitos e qualidades.
Cá entre nós, muito melhor um defeitinho real, do que ficar esperando pelo ideal desses textos, não é mesmo?